A maioria dos jovens encontra dificuldades no momento de fazer a sua escolha profissional.
É um momento de perdas e ganhos. Com a escolha o jovem sabe que irá ganhar, mas também sabe que irá perder.
O que perde o jovem ao escolher a profissão?
Ele sente-se perdendo antigos projetos, sonhos infantis, outras profissões que estavam na sua lista de preferência, colegas do Ensino Médio etc.
Por ser um momento difícil o jovem utiliza-se muitas vezes de sonhos e idealizações sobre a profissão que pretende exercer com o objetivo de desenhar previamente um lugar ainda desconhecido que se vê prestes a ingressar.
Um problema que surge neste momento é que os jovens muitas vezes não conhecem a profissão que lhe interessa, ou tem idéias fantasiosas ou idealizadas sobre a profissão pretendida, sendo uma escolha muitas vezes mais imaginária do que real.
A família neste momento tem um papel importante, pois os jovens se espelham muitas vezes nos pais para fazerem suas escolhas profissionais. Às vezes estes pais têm projetos para seus filhos ou os filhos desejam através de sua profissão ser importante para seus pais. Estes jovens podem ficar confusos sem saber se é seu o desejo de determinada escolha profissional ou não. Ás vezes escolhe em função de seus familiares e se frustra. Porém podem escolher uma profissão igual a do pai ou da mãe e isto poderá ser bom ou não. Para ser uma boa escolha, dependerá da condição de ter sido realizada com autonomia, de estar de acordo com a realidade e se esta profissão também lhe interessa e lhe motiva.
A família que tem um bom entrosamento vai promover a autoestima e autoconfiança do jovem ensinando seus filhos a escolher e não o que escolher.
A melhor escolha será sempre a que poderá integrar seus desejos com a realidade.
Existem algumas condições que podem levar a uma escolha desajustada. São elas:
- Quando a decisão é determinada por um único fator, tal como: o econômico, o status social desprezando os demais fatores referentes à profissão.
- Quando a escolha profissional ocorre por acaso, para aproveitar alguma oportunidade.
- Quando a escolha é feita com base em habilidades específicas. Ex. Ser bom em desenho e escolher arquitetura sem considerar outros fatores envolvidos na profissão.
- Quando jovem confunde hobby com escolha profissional. Ex. Gosto por esportes levando-o a escolher Educação Física como profissão.
Um recurso que o jovem pode utilizar quando a escolha profissional lhe é difícil é a Orientação Vocacional.
A Orientação Vocacional é realizada na média em 5 encontros com a duração de 50 min. cada encontro. Utiliza-se de algumas técnicas que objetivam buscar o conhecimento acerca das características pessoais, familiares e sociais da pessoa a fim de que se indague sobre as motivações para realizar determinada escolha profissional, com o objetivo de chegar a uma decisão autônoma.
Texto de autoria de Rosângela Martins - Todos os direitos reservados
Psicóloga Porto Alegre
CRP 07/05917