Brincar significa mais do que diversão e prazer é uma necessidade. Através do brinquedo, a criança alivia a ansiedade e o medo, recria e repete situações que vivenciou como difíceis na tentativa de elaborá-las, expressando sentimentos de alegria, tristeza e agressividade.
A criança também adquire experiências brincando. A brincadeira da infância tem uma função de ensaio, preparação e desenvolvimento de capacidades importantes para a vida adulta.
Nas brincadeiras as crianças desenvolvem a criatividade, a motricidade a sociabilidade, o raciocínio, a autoestima, o afeto etc.
No entanto é necessária a atenção a alguns brinquedos de hoje, pois estimulam fases do desenvolvimento que ainda estão por vir, fazendo com que a criança viva sentimentos e experiências para os quais ainda não está madura. Lembramos a variedade de bonecas (que representam atrizes, modelos e cantoras) bem como: maquiagens, sandálias, usadas por mulheres adultas e que são ofertadas às meninas. Estas crianças quando utilizam estes brinquedos, tendem a se identificar com as personagens e algumas vezes passam a parecerem mulheres em miniatura. Para os meninos é ofertada uma grande variedade de games que, em geral, são jogos que estimulam a violência, os isolam do grupo de iguais, que quando usado demasiadamente faz com que deixem de exercitar os relacionamentos sociais e de amizade.
Brincadeiras utilizadas há anos atrás podem ser bem valorizadas pelas crianças, e devem ser estimuladas pelos pais como: o pega-pega, esconde-esconde, roda, jogo de bola etc.
Em determinados momentos as brincadeiras das crianças podem ser partilhadas pelos adultos. Quanto mais os pais possam se descontrair e aproveitar da brincadeira com a criança muito mais proveitosa será para ambos.
Texto de autoria de Rosângela Martins - Todos os direitos reservados
Psicóloga Porto Alegre
CRP 07/05917