Nesta fase os meninos passam por alguns momentos particularmente delicados. É um período em que saem do aconchego e do colo da mãe e começam a se identificar com o mundo masculino do pai.
Mesmo que o pai esteja presente desde o início é só por volta dos quatro anos que eles começam a organização referente à questão do gênero masculino e feminino.
Ele começa a desejar ser como o pai e aí se desenrola o que Freud denominou como Complexo de Édipo.
Ao mesmo tempo em que sente admiração pelo pai rivaliza com ele. Pretende ter o que o pai tem. Pretende ser atraente para a mãe.
Neste período o menino se prepara para suas escolhas de amor e cria sua primeira imagem de mulher.
Porém, também é nesta época que sofre sua primeira e grande proibição. Começa a entender que a mãe é a mulher do pai. A criança começa a ter curiosidade sobre a intimidade do casal e muitas vezes passam a tentar impedi-los que se beijem ou fiquem a sós.
É necessário explicar para a criança nesta ocasião de que as intimidades amorosas são privadas e que ele não pode participar e que há outros momentos de afetividade na família que ele estará incluído.
É também entre quatro e cinco anos que o menino já conseguiu vencer as primeiras dificuldades do desenvolvimento e percebe-se possuidor de forças e destreza motora. Por outro lado percebe que ainda existem muitos desafios.
A criança nesta fase da vida faz uso da dramatização a fim de elaborar sentimentos de impotência inerente a sua condição. Veste-se de super herói, exibe-se para a mãe, imagina luta com outros personagens da fantasia onde ele é detentor do poder.
Com as brincadeiras ele vai incorporando características importantes que irá precisar na vida adulta: como confiança, capacidade de encarar diversidades, competitividade e também solidariedade.
É nesta fase da vida que o menino vai melhor assimilar a ideia de autoridade e de limites.
É importante que a criança possa nesta fase contar com a compreensão do adulto referente à suas necessidades e que este adulto possa ajudá-lo a se situar e a entender os limites existentes na vida.
Texto de autoria de Rosângela Martins - Todos os direitos reservados
Psicóloga Porto Alegre
CRP 07/05917