Os jogos eletrônicos estão cada vez mais fazendo parte da vida das crianças e deixando os pais preocupados com relação aos prejuízos que esta experiência pode trazer. Por outro lado, outros pais mais despreocupados, deixam seus filhos horas na companhia dos jogos de computadores e videogames.
Os jogos infantis preferidos envolvem lutas, em que a vitória só é conseguida através da eliminação dos inimigos e as crianças passam longo tempo guerreando.
A pergunta que fica no ar é: Até que ponto este tipo de diversão é salutar?
No entanto, não se pode responder este questionamento simplesmente como bom ou ruim. Existem pontos importantes a serem considerados.
A criança precisa ser estimulada também para um comportamento que as encoraje de lutar por seu ponto de vista nas relações sociais, para que não se tornem medrosas. E não são necessariamente os jogos que tornarão as crianças violentas.
O importante é que os pais fiquem atentos ao tempo em que a criança investe de energia neste tipo de brinquedo. Se a criança fica muito tempo na frente de jogos de guerra e destruição, isto a deixará distante de outras brincadeiras que estimulam outros comportamentos importantes e que servem de equilíbrio.
As antigas brincadeiras em grupo são muito importantes para a interação social, para noção de limites e desenvolvem a capacidade de cooperar.
É importante também o diálogo dos pais com as crianças sobre a morte não como algo banal como aparece nos jogos eletrônicos.
A relação familiar quando agressiva, é também estimuladora da agressividade infantil e os pais devem estar atentos também para isto.
Privar as crianças de usar os brinquedos da nova geração, não irá impedir o comportamento agressivo infantil. O importante é estabelecer limites para o seu acesso, selecionar os jogos e procurar proporcionar para a criança outras diversões que estimulem outros comportamentos também importantes para o seu bom desenvolvimento.
Texto de autoria de Rosângela Martins - Todos os direitos reservados
Psicóloga Porto Alegre
CRP 07/05917